
“O que guia a obra é sempre a visão do artista, e não os desenvolvimentos da ciência e da tecnologia. Ou seja, o que interessa verdadeiramente é a arte e a poesia”.
Eduardo Kac.
Eduardo Kac (1962) nasceu no Rio de Janeiro é um artista contemporâneo, pioneiro da arte digital, arte holográfica, arte transgênica e bioarte. Formado em artes plásticas pela PUC/RJ, nos anos 80 começou a apresentar várias performances satíricas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O seu reconhecimento internacional surgiu em 1995, pelos poemas
holográficos. Kac produziu
cerca de 23 poemas holográficos sobre temas poéticos, que ele identificava com
o nome holopoesia. Entre eles, Holo/Olho, produzido em 1983 com Fernando
Catta-Preta. Em 1997 criou o termo Bioarte – arte inspirada na biologia - e em 1999, arte transgênica - produção
da intersecção da biologia - com a obra Gênesis.
Holo/Olho - 1983.
Genesis - Áustria, 1999.
Em 1997 também causou polêmica, pois implantou um micro chip em seu corpo.
Para ele, era algo simbólico e não tecnológico. O implante acabou se transformando
em uma performance artística, chamada de Time Capsule. O processo de criação
desse trabalho foi em que ele mesmo introduziu o chip, com a supervisão de um
médico, rodeado por reproduções gigantes de fotos da avó ainda jovem.
"Queria confrontar uma memória natural com outra que você adquire
artificialmente" diz Eduardo Kac.
Time Capsule - Brasil, 1997.
Sua estratégia para desenvolver projetos artísticos sugere seu próprio
caminho pois, cada uma possui soluções distintas aos problemas estético que Kac
define.
Em 2000, causou polêmica com sua obra GFP Bunny, onde utilizou de
engenharia genética para introduzir genes de fluorescência em células
reprodutivas de uma coelha chamada Alba; sob luz azul, o animal resultante
emite luz verde.
GFP Bunny - França, 2000.
Para ele o interesse não reside na ciência ou na tecnologia
em si, mas no fato de que a pesquisa abre novos caminhos culturais,
disponibiliza materiais e as novas ferramentas que permitem ao poeta e ao artista,
criar obras raras que seriam impossíveis com os meios tradicionais. Acredita
também, que o que guia a obra é sempre a visão do artista, e não os
desenvolvimentos da ciência e da tecnologia. Ou seja, o que interessa é a arte
e a poesia.
Fonte:
www.ekac.org/kac2.html
www.ekac.org/kac2.html